MICROBIOLOGIA DE COMPOSTAGEM:

NOVAS ABORDAGENS

Resumo

O uso de dejetos de origem animal na biodigestão contribui de diferentes formas para a sustentabilidade do sistema agropecuário. Primeiro, porque resolve o problema das grandes quantidades destes dejetos gerados e que depois de biodigeridos, podendo ser utilizados de diferentes maneiras. Outra é o aproveitamento dos gases gerados na obtenção de energia. A detecção dos agentes patogênicos, principalmente bactérias, protozoários e vírus, em uma amostra de água ou de dejetos líquidos ou sólidos é extremamente difícil, em razão de suas baixas concentrações e da difícil manipulação da matriz biológica. Portanto, a determinação da potencialidade de dejeto para uso agrícola pode ser feita de forma indireta, através dos organismos indicadores de contaminação fecal do grupo dos Coliformes, principalmente. Neste trabalho, todas as amostras biodigeridas de cama de frango e dos dejetos de bovinos e suínos do experimento foram testadas pelo kit COLItest®. O composto de suínos não apresentou coliformes totais e por consequência, ausência de E. coli. Uma das 5 amostras do biocomposto de cama de frango e 3 das 5 amostras de biocompostos bovinos apresentaram resultados positivos para Coliformes Totais e presença de E. coli. Desta forma, tirando os dejetos de suíno, estes biocompostos devem ser utilizados em pastagens ou culturas perenes. É de extrema importância sanitária a execução de um simples teste de presença de E. coli para resíduos de dejetos animais para garantir a qualidade do alimento onde estes compostos serão utilizados.