O solo é o habitat natural para uma grande variedade de organismos, os quais detêm grande importância ecológica, atuando inclusive como bioindicadores da qualidade e das alterações ambientais. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a macrofauna edáfica em três ambientes com diferentes usos do solo a fim de verificar a variação da diversidade e abundância de espécies de acordo com os níveis de perturbação. Foram instaladas 9 armadilhas do tipo pitfall trap em uma área de floresta secundária aberta (Área 1- Floresta), terreno baldio na zona urbana (Área 2 – Urbana-Gramíneas) e aterro sanitário (Área 3 – Urbana - Aterro) no verão e inverno. Os invertebrados amostrados foram classificados em nível de ordem e morfotipo, sendo posteriormente aplicados testes de diversidade. A partir da comparação entre as três áreas de estudo, foi possível verificar que as áreas diferem entre si quanto ao número de indivíduos, contudo apresentaram basicamente as mesmas espécies. Não houve variação significativa do número de indivíduos entre inverno (229) e verão (327). Os resultados sugeriram ordens indicadoras para os diferentes usos do solo, sendo demonstrado indicadoras de qualidade ambiental na Floresta (Orthoptera, Opiliones e Ixodidae), indicadora de ambiente urbano na área Urbana-Gramíneas (Blattoidea) e decompositores na área Urbana-Aterro (Isopoda e Scolopendromorpha). Em ambas as estações a ordem Hymenoptera dominou em número de indivíduos representado apenas pela família Formicinae.
Biografia do Autor
Daniela Cristina Romão
Bacharel em Engenharia Ambiental, Faculdade Municipal Professor Franco Montoro - FMPFM, Mogi Guaçu - São Paulo, Brasil.
Nidia Mara Marchiori
Mestre em Biologia Vegetal, Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia – IB / UNICAMP. Docente do curso de Graduação em Engenharia Ambiental na Faculdade Municipal Professor Franco Montoro – FMPFM.