O MÍNIMO PARA VIVER: UMA ANÁLISE DA ANOREXIA NA ADOLESCÊNCIA A LUZ DA PSICANÁLISE

  • Ana Júlia do NASCIMENTO Graduanda em Psicologia. UNIMOGI.
  • Alice Andrade SILVA Doutorado em Saúde Coletiva (UNICAMP), Mestre em Psicologia Institucional (UFES), Psicóloga e Psicanalista. Docente UNIMOGI.
Palavras-chave: Transtorno Alimentar, Psicanálise, Tratamento, Anorexia

Resumo

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado pela inanição de nutrientes. Destaca-se que, essa psicopatologia possui profunda correlação com as condições vivenciadas no ambiente nos primeiros estágios da vida, essas experiências moldam a formação da psique e interferem no desenvolvimento da identidade. Realizou-se um estudo qualitativo, exploratório, baseado em uma revisão narrativa e na análise do longa-metragem “O Mínimo para Viver” para compreender o fenômeno da anorexia na adolescência, a luz da psicanálise. Freud e Lacan associam o déficit na ingestão alimentar como resposta a um episódio de histeria e melancolia. Já Winnicott aborda a correlação entre o processo de aceitação alimentar com os vínculos afetivos entre mãe e filho, criado nos primeiros meses de vida. Nesta perspectiva, o artigo trouxe a percepção das bases psicológicas associadas a possíveis “gatilhos” para o desencadeamento da anorexia. O desenvolvimento de psicoterapia de base psicanalítica possibilita um tratamento pautado na associação livre, no manejo das resistências e acesso ao desejo inconsciente para a compreensão dos processos que produzem a distorção da imagem corporal e identidade. Portanto, o uso da psicanálise se justifica a medida em que possibilita a elaboração de eventos traumáticos e a ressignificação da experiência por meio da palavra.
Publicado
30-12-2024